Entre os habituais ciclos temáticos focados na melhor programação cinematográfica, o AXN Movies arranca o mês com uma seleção especial dedicada aos grandes Maestros do Cinema. Para ver (e ouvir) entre os dias 11 e 17 de janeiro!
A programação especial dedicada a grandes Maestros do Cinema, a exibir entre os dias 11 e 17 de janeiro no AXN Movies, ilustra o trabalho de alguns dos maiores compositores da história do cinema – muitos destes nomes reconhecidos pelo grande público e previamente premiados e até oscarizados pelos seus notáveis esforços na composição de bandas-sonoras!
Os nomes homenageados nesta segunda semana de janeiro são os gigantes Hans Zimmer, John Williams, Henry Mancini, Ennio Morricone, Klaus Badelt, Alexandre Desplat e por fim James Newton Howard. Cada dia trará, sempre a partir das 19h25, um compositor distinto e algumas das suas notáveis bandas sonoras originais:
HANS ZIMMER – 11 DE JANEIRO
- “Winter’s Tale – Uma História de Amor” – segunda, 11 de janeiro, às 19:15
- “Anjos e Demónios” – segunda, 11 de janeiro, às 21:10
- “Rangoon” – segunda, 11 de janeiro, às 23:25
O ciclo inicia-se a 11 de janeiro com três filmes musicados por Hans Zimmer, um dos nomes mais sonantes da música no cinema. O músico alemão, que esteve inclusive em 2019 em Portugal , para um espetáculo esgotado no Altice Arena, foi já responsável por compor a banda sonora de mais de 130 projetos audiovisuais. Até à data, soma 11 nomeações aos Óscares, tendo vencido pela banda-sonora do filme “O Rei Leão” em 1995.
A sua arte é aqui celebrada com a exibição de uma filmografia dispare, que arranca com “Winter’s Tale – Uma História de Amor”, um romance sobrenatural intenso que foi musicado a mãos dadas por Hans Zimmer e Rupert Gregson-Williams. A dupla compôs diversas músicas originais no âmbito desta BSO, como por exemplo a romântica “She Was Like a Bright Light”.
Já entre os diversos grandes êxitos de bilheteira com música de Han Zimmer encontramos “Anjos e Demónios”, que exibe a 11 de janeiro, segunda-feira, pelas 2h10. Este filme foi o segundo da trilogia de composições a que Zimmer chamou “o tema Robert Langdon”. Hans Zimmer foi responsável pela BS dos três filmes da saga protagonizada por Tom Hanks. Aliás, o seu célebre tema “Chevaliers De Sangreal” tocou em “O Código Da Vinci” (2006), esteve presente neste “Anjos e Demónios” e voltou a integrar a composição deste universo com “Inferno”, em 2016, tendo sido na altura renomeado como “Life Must Have Its Own Mysteries”.
A música de Hans Zimmer faz-se ainda ouvir em “Rangoon”, um filme de ação de cortar a respiração, para ver às 23h25 de 11 de janeiro. Para esta obra, nomeada à Palma de Ouro em Cannes, Zimmer criou uma banda sonora bela, inspirada pela natureza da Birmânia. Esta é uma das suas pautas mais “fora da caixa”, marcada por uma inspiração étnica distinta.
JOHN WILLIAMS – 12 DE JANEIRO
- “Império Do Sol” – terça, 12 de janeiro, às 18:40
- “Presumível Inocente” – terça, 12 de janeiro, às 21:10
- “O Turista Acidental” – terça, 12 de janeiro, às 23:20
De um grande compositor para outro, o segundo dia deste ciclo temático apresenta a obra musical do génio de John Williams, conhecido, por exemplo, pela sua longa colaboração com Steven Spielberg em bandas sonoras icónicas como “E.T. – O Extraterrestre”, “Parque Jurássico” ou muitos outros grandes fenómenos. A importante parceria Williams/ Spielberg é aqui representada pela música de “Império do Sol”, que se faz ouvir na tarde de dia 12 de janeiro, terça-feira. Este álbum musical totaliza 54 minutos de duração de músicas retiradas da obra, sem que a lista siga a ordem cronológica do filme. Este album de Williams venceu um BAFTA e foi nomeada ainda para o Óscar, Grammy e Globo de Ouro.
Dia 12 de janeiro traz-nos ainda a música de “Presumível Inocente” e “O Turista Acidental”, com o drama criminal “Presumível Inocente” a oferecer 14 músicas com orquestra conduzida por John Williams. Já “O Turista Acidental” é um drama romântico que permitiu a Williams destacar-se, ainda que temporariamente, da grande trajetória de blockbusters épicos que lhe começava a ser associada no final dos anos 80. Desta forma, provou que é capaz de criar canções e conduzir orquestras com o mesmo grau de sucesso, não obstante o género cinematográfico. Aqui, apresenta música capaz de se entregar à dramaticalidade e emoção da narrativa.
HENRY MANCINI – 13 DE JANEIRO
- “Victor/Victória” – quarta, 13 de janeiro às 19h00
- “Encontro Inesquecível” – quarta, 13 de janeiro, às 21:10
- “Hollywood 1929” – quarta, 13 de janeiro, às 22:50
Henry Mancini é o primeiro compositor já falecido que celebramos nesta semana muito especial. Foi particularmente ativo dos anos 50 aos 80 do século XX, tendo vencido vários Óscares e sendo conhecido pelo seu trabalho em inúmeros grandes clássicos de Hollywood. Por exemplo, em 1962 foi duplamente oscarizado pela banda sonora de “Breakfast at Tiffafy’s” e também pela escrita da letra do belíssimo tema central desse filme, interpretado na obra por Audrey Hepburn – “Moon River”.
Aqui, a paixão e aptidão de Mancini para ilustrar a glamorosa Hollywood do século XX representa-se por filmes incontornáveis como “Victor/Victória”, “Encontro Inesquecível” e “Hollywood 1929”. Destacamos a banda sonora do famoso musical “Victor/Victoria”, que em 1983 valeu ao compositor um Óscar partilhado com Leslie Bricussse. Neste trabalho Mancini ficou encarregue da música e Bricusse das respetivas letras.
O que une os três filmes exibidos, todos eles musicados por Mancini, é o facto de terem sido realizados por uma só mão, a de Blake Edwards, realizador responsável por vários clássicos do cinema como a versão original de “A Pantera Cor-de-Rosa”, entre muitos outros. Aliás, esta é mais uma forte colaboração identificável neste ciclo. Ao longo de trinta anos, Henry Mancini compôs belas bandas-sonoras originais para os filmes de Edwards.
ENNIO MORRICONE – 14 DE JANEIRO
- “Lobo” – quinta, 14 de janeiro, às 19:05
- “Revelação” – quinta, 14 de janeiro, às 21:10
- “O Jogo de Mr.Ripley” – quinta, 14 de janeiro, às 23:20
Ennio Morricone, que nos abandonou tão recentemente, em julho de 2020, foi o derradeiro maestro do cinema, “Il Maestro”, tendo composto muito e para muitos géneros distintos, num impressionante total de mais de 400 obras para cinema e televisão e ainda cerca de 100 composições clássicas adicionais. É essencialmente celebrado pelo seu trabalho no Western, como por exemplo “O Bom, o Mau e o Vilão” ou os “Intocáveis “. Foi apenas recentemente que venceu, pelo filme de Tarantino “Os Oito Odiados”, pela primeira vez, o Óscar de Melhor Banda Sonora Original.
Dia 14 de janeiro recupera três filmes que contaram com a sua bela música, começando com “Wolf” ou “Lobo”, pelas 19h05, uma das raras contribuições de Morricone para o género do cinema de terror, o qual decidiu homenagear recorrendo a um jazz pesado e a uma forte presença de elementos disruptivos.
Pelas 23h20 exibe-se “Revelação” , filme que contou com uma banda-sonora belíssima de Morriconne, pautada por inúmeras variações. O dia fecha com “O Jogo de Mr.Ripley”, filme para o qual Morriconne compôs doze músicas originais, com uma forte influência jazz a fazer-se sentir novamente.
KLAUS BADELT – 15 DE JANEIRO
- “Ultravioleta” – quarta, 15 de janeiro, às 19:20
- “Rainha do Deserto” – sexta, 15 de janeiro, às 21:10
- “A Máquina do Tempo” – sexta, 15 de janeiro, às 23:30
Mais um dia, mais um grande compositor do cinema vê o seu trabalho homenageado no AXN Movies. Desta vez as atenções viram-se para o compositor alemão Klaus Badelt, que conseguiu atingir um equilíbrio invejável entre a música erudita e a criação de bandas sonoras para filmes comerciais. O seu percurso neste mundo começou com um convite de colaboração por parte de Hans Zimmer, no final dos anos 90, e deste então já compôs música para mais de oitenta produções, como por exemplo “Os Piratas das Caraíbas”, entre outras.
O seu mini ciclo celebra o seu trabalho em géneros diversos, começando com Ultravioleta, filme de ação e fição científica. A BSO contém um impressionante número de 45 temas originais. Contudo, a falta de um lançamento generalizado deste álbum de originais faz com que uma cópia desta banda sonora seja altamente valiosa na internet.
A homenagem continua com a música de “Rainha do Deserto”, obra protagonizada por Nicole Kidman. O drama biográfico contou com música escrita por vários autores distintos, tornando-a bastante eclética como consequência.
Por fim, “A Máquina do Tempo” é o filme que fecha a noite às 23h30. Mais uma obra situada no reino da fição científica e que permitiu assim a Badelt improvisar e inovar na sua criação musical.
ALEXANDRE DESPLAT – 16 DE JANEIRO
- “O Escritor Fantasma” – sábado, 16 de janeiro, às 19:00
- “A Luz Entre os Oceanos” – sábado, 16 de janeiro, às 21:10
- “Birth – O Mistério” – sábado, 16 de janeiro, às 23:30
Alexandre Desplat é outro compositor inesquecível no panorama de Hollwood. De Discurso do Rei a Argo, passando por A Rainha ou O Curioso Caso de Benjamin Button, a última nomeação ao Óscar de Desplat está ainda bem recente na nossa memória, por Mulherzinhas, no ano passado. Já a sua última e segunda vitória foi apenas há dois anos, pela notável música original de A Forma da Água.
O AXN Movies assinala o seu trabalho com três dramas notáveis. O Escritor Fantasma, de Roman Polanski, abre a tarde pelas 19h00 e contém uma BSO marcada por uma qualidade sonora de primeira linha. A música mimetiza na perfeição o sentimento do filme e transmite uma aura de ansiedade, tensão, medo e suspense. A tarde continua com “A Luz Entre os Oceanos”, um drama romântico que em muito benificia da musicalidade de Desplat . As suas melodias tocantes poderão ser ouvidas já no dia 16 de janeiro, às 21h10.
Por fim, “Birth – O Mistério” é o último filme exibido no dia de janeiro. A longa-metragem faz-se acompanhar por uma hipnótica e elogiada banda-sonora de Alexandre Desplat, que conta desde logo com uma forte abertura na forma de uma peça de orquestra.
JAMES NEWTON HOWARD – 17 DE JANEIRO
- “O Advogado do Diabo” – domingo, 17 de janeiro, às 18:10
- “Depois da Terra” – domingo, 17 de janeiro, às 21:10
- “A Senhora da Água” – domingo, 17 de janeiro, às 22:50
A semana fecha com as composições marcantes de James Newton Howard, um dos poucos músicos americanos a figurar nesta lista de grandes maestros. O final da tarde arranca com “O Advogado do Diabo” , thriller de 1997 , o qual conta com uma banda sonora pautada pelo suspense e capacidade de envolver o espetador.
Contudo, o festim para o olhar e para os ouvidos não fica por aí e continua com mais duas obras, “Depois da Terra” e “A Senhora da Água”. Ambos os filmes têm em comum o facto de terem sido realizados por M. Night Shyamalan, criador de A Vila ou Sinais, e um dos grandes mestres do cinema sobrenatural e derradeiro utilizador dos mecanismos de grandes reviravoltas narrativas. Howard é capaz de criar pautas musicais aplicáveis aos grandes arcos dramáticos de Shyamalan com uma destreza imensa, a qual vale a pena ver e, claro, ouvir.